A perda de reservas não será mais amenizada com um novo dólar da soja ou algum desembolso de algum organismo internacional. sérgio masa retorna da Índia depois de se encontrar três vezes com kristalina georgieva com novidades que vão facilitar a gestão da economia, já que Fundo Monetário Internacional flexibilizará meta de dólares acumulados no Banco Central com o qual o governo argentino deve cumprir este 2023.
“A guerra e a seca fazem parte da nossa economia e é melhor enfrentá-la estabelecendo metas alcançáveis para não ficar a corrigir trimestralmente”, disse o ministro da Economia à PROFILE sobre a mudança que o organismo internacional vai anunciar nas próximas horas. Às 4h30 da manhã de sábado na Argentina, Massa e Georgieva tiveram a terceira reunião no contexto do G20 no qual decidiram oficializar a modificação das metas que dá uma brecha na escassez de dólares sofrida pelo governo argentino.
Sorrisos e números: Massa se reuniu com Georgieva na Índia para discutir metas com o FMI
Neste momento, três equipes trabalham neste novo plano: parte do gabinete econômico de Buenos Aires, a missão oficial em Washington e o ministro da Economia de Bengaluru. “O objetivo é ser realista e previsível para que o programa seja realmente um computador e não uma função no ar que não se cumpre”, explicou o ministro da Economia. E acrescentou: “O consenso com o FMI é que é melhor adaptar o horário de trabalho do ano desde o início para dar previsibilidade e não ter de fazer renúncias durante o ano”.
As metas não serão mais revisadas trimestralmente e o governo não precisará mais pedir indulto por descumprimento. A economia e o FMI entenderam que o programa tinha de ser adaptado à realidade. “Não teremos que revisar ou solicitar renúncias a cada 30, 60 ou 90 dias. o que estamos fazendo é acordar um esquema que projete os objetivos sobre uma nova realidade que saiu da guerra e nos deixa com a seca”, insistiram do palácio do Tesouro. Os detalhes serão conhecidos oficialmente nas próximas horas.
O impacto da guerra na economia argentina é algo que Massa vem levantando desde o ano passado. Tudo começou quando o ministro enviou a Georgieva um arquivo no WhatsApp intitulado O impacto da guerra ucraniana na Argentina. Este relatório estimou que o país sofreu uma perda de 4.949 milhões de dólares americanos como resultado da guerra desencadeada pela Rússia. Dias depois, encontraram-se na Indonésia numa reunião dirigida por Alberto Fernández em que este foi um dos eixos que discutiram.
Alívio para o Governo: FMI vai flexibilizar metas de acúmulo de reservas
“O valor das importações de combustíveis passou de 1.999 milhões de dólares –segundo o valor anterior à guerra– para 5.756 milhões, o que resultou em um crescimento líquido de 3.757 milhões. Em relação ao complexo agroexportador, as exportações líquidas ficaram 617 milhões acima do projetado antes da guerra. Finalmente, o custo do frete de exportação sofreu um aumento de 1.800 milhões acima da estimativa antes da guerra. O impacto final do aumento dos preços internacionais, devido ao conflito na Ucrânia, foi estimado em 4,949 milhões de dólares.”, dizia o jornal que nessa altura já se encontrava na posse do FMI. Este ano a estiagem foi adicionada e, portanto, avançou-se no alívio que será anunciado esta semana.
Antes de finalizar essas mudanças, Georgieva anunciou a Massa que o pessoal da agência de redução que nosso país cumpriu as metas acordadas para o último trimestre de 2022o que significará um novo desembolso de aproximadamente US$ 5,4 bilhões, o que também aliviará as reservas do Banco Central, que nos últimos dias terá de vender quase US$ 1 bilhão.
“ordem fiscal, acúmulo de reservas e ordem monetária”, são os três objetivos que Massa repete incrivelmente para sua gestão. Quando o chefe de Estado inaugurar o ano legislativo, em 1º de março, Massa já estará de volta à Argentina e com boas notícias para dar.
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