No âmbito da expansão do programa Preços Justos que o ministro da Economia, Sergio Massa anunciou esta sexta-feira, Rodolfo de Vicenzi, presidente da Confederação das Instituições Particulares de Ensino (CAIEP), destacou o apoio da entidade a esta iniciativa e estranhou que “o que se pretende com este acordo é dar previsibilidade para evitar especulações”. “Vamos todos trabalhar para que seja cumprido”, enfatizou Vicenzi.

“O acordo inclui a cesta escolar e o preço das escolas particulares em toda a Argentina. Os produtos da cesta são importantes, entendendo que as aulas começam em março e para os pais é um desafio”, disse Massa durante seu anúncio.

O referente do sector do ensino privado, por seu lado, manifestou que “temos trabalhado em conjunto com o Ministério da Economia e Educação, em coordenação com as jurisdições, para otimizar a redistribuição das transferências de custos mais elevados para propinas no semestre”.

De Vicenzi explicou que “O acordo propriamente dito é de 16,8% no mês de março, 3,35% nos meses de abril, maio e junho e 4% no mês de julho.” E concluiu lembrando que “esta é uma referência que se eleva a nível nacional. E vamos todos trabalhar para que isso aconteça.”

A novidade das mensalidades escolares

A extensão do Programa de Preços Justos até junho próximo apresentará como novidade um limite para os aumentos das propinas das escolas privadas e a incorporação de produtos escolares, somando-se assim a alimentos, têxteis, remédios e combustíveis, entre outros itens já presentes na iniciativa.

Diante do novo ano letivo que começará, dependendo da província, entre 27 de fevereiro e 2 de março, o programa do governo incorporará itens e suprimentos de livrarias que terão, como o restante dos produtos, um aumento máximo de 3,2% ao mês ou , caso contrário, terão preço congelado até 30 de junho.

“É importante entender que as aulas começam em março e para os pais é um desafio”, destacou Massa no evento de lançamento que aconteceu no Centro Cultural Kirchner (CCK). A tabela de preços dos produtos escolares, assim como do restante da expansão do programa, ainda não foi divulgada, mas a expectativa é que seja divulgada nos próximos dias. Por outro lado, o novo convênio também previa as cotas das escolas particulares de todo o país.

Especificamente, é estabelecido um teto de aumentos de 16,8% em março, 3,35% em abril, maio e junho; e 4% em julho.

Este limite será aplicado às escolas privadas subsidiadas pelo Estado, uma percentagem que se situa entre 70% e 80% de todas as escolas privadas do país, consoante sejam laicas ou confessionais, segundo um relatório de 2018 da Universidade Nacional Pedagógica (Unipe),

Os critérios de aumento servirão de referência nacional já que o sistema educacional é descentralizado e são as províncias que administram os subsídios, e acabam autorizando e implementando os aumentos.

De qualquer forma, tanto o governo nacional quanto o setor escolar privado confiam que as províncias o adiram e, para isso, na próxima quinta-feira o Conselho Federal de Educação – com representantes dos Ministérios da Educação de todas as jurisdições – se reunirá para terminar de definir os detalhes.

O objetivo é escalonar os aumentos e não concentrá-los em um único mês: “Houve províncias que já haviam autorizado aumentos de até 40% para março ou 18% ou 24%”, disse Massa ontem. O convênio com as escolas é resultado de um trabalho coordenado entre o poder público e o setor.

você pode gostar