A líder da Coalizão Cívica, Elisa Carrió, denunciou criminalmente o presidente Alberto Fernández, o ministro da Economia, Sergio Massa, e o secretário de Comércio, Matías Tombolini, por terem convocado ao sindicato dos caminhoneiros para controle de preços com o objetivo de “intimidar e disciplinar supermercados e centros de distribuição, fora da lei“.
Na denúncia, que também leva a assinatura dos deputados nacionais, os deputados da Coalizão Cívica Maximiliano Ferraro e Mónica Frade, são acusados de “crimes de desobediência de funcionários públicos, abuso de autoridade, intimidação pública, instigação à prática de crimes.”
Para Carrió e seus colaboradores, o Governo recorreu a uma “quadrilha paraestatal” para “evitar os mecanismos legais de controlo de preços, através dos seus fiscais, com a ajuda da força pública e, com eventuais rusgas solicitadas à Justiça”.
De acordo com a reconstrução no processo judicial, Esse “acordo mafioso” entre dirigentes dos Caminhoneiros e funcionários do Ministério da Economia foi consumado no dia 13 de dezembro em reunião reservada.
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Na sua opinião, do Governo “saem nas mãos de grupos caracterizados pelo apego ao crime, como forma de concretização dos seus fins, com explícito aval oficial”.
“É assim que Sergio Massa e seu secretário de Comércio, Matías Tombolini Eles concordaram (segundo suas próprias expressões) com Pablo e Hugo Moyano, para que Oscar Borda, chefe do ramo de logística desse sindicato, assumisse o controle operacionalque vem realizando há dias, com outros membros desse sindicato”, denunciaram.
Nesta linha, caracterizaram as brigadas dos Caminhoneiros como “um verdadeiro grupo paraestatal de intimidação e confronto eventual”.
“Com isso, pretende-se intimidar e disciplinar supermercados e centros de distribuição, fora da lei e ignorando toda a burocracia estatal”, lamentaram. “Além disso, decorre de declarações oficiais de que o próprio Ministério da Economia e seu Secretário de Comércio, Eles “treinarão” tanto os principais sindicalistas quanto os membros dos movimentos piqueteros para realizar a tarefa, a quem planejam recrutar”, acrescentaram.
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Por tudo isto, concluiu que “está em curso, a implementação de uma organização paraestatalpromovidos pelos denunciados, para tornar efetiva a medida de controle de preços – seja como for e da forma que for”.
“Entretanto, o Presidente da Nação espera a delegação de funções estatais em grupos de choque irregulares, concedendo-lhe o seu aval tácito”, concluíram.
Mais cedo, Carrió havia anunciado sua decisão de ir à Justiça para denunciar as ações do Sindicato dos Caminhoneiros no controle de preços nos supermercados.
Pelo Twitter, a referência da Coalizão Cívica suspeita que a participação dos liderados por Pablo Moyano no monitoramento dos índices de produtos se assemelha à função de grupos parapoliciais, e apontou contra a Frente de Todos por “violar o estado de direito, incitar violência”.
ds
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