Nesta sexta-feira, 3 de fevereiro, o Associação de Entidades Jornalísticas da Argentina (Adepa) e sua comissão de diversidade publicaram uma declaração na qual rejeitaram e repudiaram o “assédio online” que receberam marina abiuso. O jornalista e editor de gênero de sinal Todas as notícias (TN) acaba de passar por alguns dias que podem ser considerados os mais difíceis de sua carreira, após sofrer uma série de ataques e agressões nas redes sociais por usuários que o repreenderam por não cobrir a notícia do caso Lúcio Dupuy.

No segundo dos quatro parágrafos da carta, a Adepa disse que “com mensagens agressivas e violentas, os usuários do Twitter e outras plataformasPerseguiram o jornalista durante vários dias com falsas suspeitas sobre a cobertura jornalística do julgamento do assassinato do menor Lucio Dupuy perpetrado por sua mãe e sua companheira”.

A Academia Nacional de Jornalismo expressou sua “absoluta rejeição” ao “cerco” contra Marina Abiuso

Por sua vez, assinalaram que “entre outras consequênciasAbiuso fechou sua conta no Twitter“.

Posição da Adepa sobre os ataques

No mesmo documento, da entidade manifestaram o seu repúdio a este tipo de situações violentas.

marina abiuso
A jornalista do TN deletou sua conta no Twitter.

A ADEPA se opõe a todo tipo de manifestação violenta, seja física ou por meio de assédio digital. A Relatoria para a Liberdade de Expressão da Comissão Interamericana de Direitos Humanos chamou a atenção para como esse tipo de situação gera autocensura e limita seriamente a liberdade de expressão”, acrescentou o documento.

Jornalista Marina Abiuso fechou conta no Twitter: “Criaram notícias falsas”

Por sua vez, enfatizaram a violência sofrida por se tratar de uma mulher. “Sobre o assunto, o órgão regional enfatizou o fato de que mulheres jornalistas são especialmente afetadas devido a uma dupla vulnerabilidade: por eixo o trabalho jornalístico e por seu gênero”, mencionaram.

Mais um apoio ao Abiuso

O apoio da Adepa ao jornalista soma-se ao que saiu horas antes com a assinatura da Academia Nacional de Jornalismo.

A Academia Nacional de Jornalismo reitera seu rejeição absoluta de todos os tipos de escrache contra as pessoas na vida públicaseja ela física ou por meio das redes sociais”, disse a entidade em comunicado assinado por Silvia Naishtat e Joaquín Morales Solá.

Desta forma, a Academia se solidarizou com o jornalista, afirmando que “está sofrendo um assédio permanente, injusto e imerecido, nas redes sociais em relação ao crime do menor Lúcio Dupuy”. “O assassinato de Lúcio Foi uma violação abominável da condição humana.independentemente do sexo de quem o cometeu”.

Para a Academia “a situação vivida por muitos jornalistas é extremamente preocupante, tanto na Capital Federal como no interior do país, porque São vítimas de constantes assédios nas redes sociais. pelas informações que publicam ou por suas opiniões sobre fatos de interesse público”.

AS/FL

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