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Últimas pesquisas mostraram os dois lados praticamente empatados, com ligeira vantagem do não

Em um dia histórico, a Escócia encerrou na noite desta quinta-feira o plebiscito sobre a independência do Reino Unido. O resultado deve ser conhecido entre 6h30 e 7h30 locais da sexta-feira (3h de Brasília).

Como programado, a votação foi concluída às 22h locais (18h de Brasília) e, no total, durou 15 horas.

Desde o início da manhã, milhares de eleitores – escoceses ou não – lotaram as seções eleitorais para responder à seguinte pergunta: “A Escócia deve se tornar independente”?

No total, 4.285.323 pessoas – ou 97% do eleitorado – se registraram para votar. Pela primeira vez, eleitores de 16 a 17 anos também puderam participar do plebiscito.

A votação transcorreu tranquilamente em boa parte do dia nas 5.579 seções eleitorais espalhadas por todo o território escocês.

Uma sondagem feita por telefone pelo instituto de pesquisas YouGov e divulgada logo após o encerramento da votação sugere que o ‘não’ teria vencido o plebiscito, com 54% dos votos, contra 46% do ‘sim’.

Pesquisas recentes já haviam apontado uma vitória do ‘não’, que retomou a liderança a poucas semanas do dia do plebiscito.

Segundo a Comissão Eleitoral, responsável pela votação, as seções eleitorais permaneceram cheias durante o dia, mas não houve registro de longas filas.

A polícia informou que duas pessoas foram detidas acusadas de envolvimento em episódios de agressão. Uma delas foi identificada como Marie Rimmer, de 67 anos, ex-líder trabalhista em Merseyside, na Inglaterra.

Centenas de apoiadores da independência permanecem reunidos na George Square, no centro de Glasgow, à espera do resultado.

No Twitter, o tenista escocês Andy Murray declarou seu apoio pela independência do país. O atleta havia se recusado a falar sobre sua posição publicamente.

O chefe do Executivo escocês, Alex Salmond, que lidera o movimento pró-independência, votou pela manhã em Aberdeenshire, no nordeste da Escócia.

Apesar de os dias exaustivos de campanha, Salmond afirmou que “conseguiu dormir” às vésperas da votação que selará o destino do país.

“Eu tive uma noite de sonho fantástica; trata-se de uma oportunidade única na vida; será um dia de que todos se lembrarão”, afirmou.

Já o líder do não, Alistair Darling, foi recebido com gritos e vaias quando se apresentou para votar em Edimburgo.

“Estou me sentindo muito confiante. Trata-se de uma campanha muito longa, de dois anos e meio, paixões vieram à tona em ambos os lados e compreensivelmente, porque estamos falando da maior decisão da história deste país”, disse.

“Mas estou certo de que ganharemos”, acrescentou.

Após o encerramento da votação, as cédulas começaram a ser contadas em cada uma das 32 subdivisões administrativas da Escócia.

A contagem incluirá os cerca de 790 mil votos enviados pelos Correios, o maior volume já verificado neste tipo de votação na história da Escócia.

Após a análise dos votos, um funcionário de cada subdivisão administrativa comunicará o resultado à diretoria do órgão central de contagem, em Edimburgo.

Concluída essa etapa, o resultado final será conhecido.