Foi divulgado nesta terça-feira um segundo vídeo do jornalista britânico John Cantlie, que vem sendo mantido refém por militantes do grupo que se autodeclara Estado Islâmico.

O novo vídeo surge menos de uma semana depois do primeiro.

O jornalista foi sequestrado duas vezes em 2012. Na primeira, conseguiu escapar do cativeiro, mas depois voltou às mãos do Estado Islâmico.

Na aparição mais recente, Cantlie critica Estados Unidos e aliados, que lançaram na madrugada os primeiros ataques aéreos ao Estado Islâmico na Síria.

O Estado Islâmico matou três reféns e vem ameaçando assassinar o voluntário do programa britânico de ajuda humanitária na Síria Alan Henning.

Na segunda-feira, Estados Unidos e diversos aliados árabes lançaram uma ofensiva aérea contra os militantes na Síria.

Crédito, AFP

Legenda da foto,

Cantlie reclamou da ação militar tardia dos Estados Unidos na Síria

Jornalista e fotógrafo experiente, Cantlie foi feito refém na Síria pela segunda vez. Ele havia sido sequestrado em julho de 2012, quando ficou amarrado e vendado por uma semana. Ele conseguiu escapar com ajuda do Exército Livre da Síria.

O jornalista voltou ao país no fim de 2012 e durante esta viagem acabou sequestrado novamente.

O novo vídeo, que dura em torno de seis minutos, segue o padrão do primeiro, mostrando o jornalista em cativeiro.

Vestido com uma veste da cor laranja, assim como outros reféns do Estado Islâmico, Cantlie afirma que o Ocidente “dormiu no ponto e foi pego de surpresa pelo rápido avanço do Estado Islâmico”, e, embora ações tenham sido postas em prática agora, “a força e o zelo dos combatentes do grupo” foram subestimados.

“Desde o Vietnã não testemunhávamos tamanho potencial para um problema (maior)”, disse

O Estado Islâmico, também conhecido como Isis ou Isil, tomou o controle de enormes áreas da Síria e do Iraque, impondo uma versão mais rigorosa do Islã e declarando um califado.