O ex-secretário de Política Econômica e Planejamento do Desenvolvimento, Emmanuel Álvarez Agis, Eu declaro que “O FMI sabe que não vai arrecadar, porque vê as reservas líquidas e percebe que não há dólares necessários para honrar o compromisso”.

Em entrevista com Bloomberg on-lineo oficial durante a última gestão de Cristina Fernández de Kirchner analisou as notícias econômicas do país e estimou qual será a inflação, o preço do dólar e ele crescimento econômico até o final deste ano.

Em primeiro lugar, o chefe da consultoria PxQ deu sua opinião sobre as últimas medidas do governo para conter a fuga de dólares e eu disse que “pode ​​ser uma boa medida para satisfazer uma certa dolarização das carteiras, mas Não é uma boa medida para atender uma demanda por divisas que não vai entrar no país”.

“Uma coisa é se alguém quiser fornecer ao mercado algum tipo de instrumento de proteção cambial, pode ser um título argentino denominado em dólares, com os problemas de paridade que esses títulos têm que são muito claros, outra questão é se está tentando conter a demanda por divisas”, acrescentou.

O Banco Central aguarda com urgência os dólares do FMI

“O pano de fundo da situação é, vamos ter um impacto negativo na oferta de dólares este anoa esse impacto negativoou podem ser neutralizados com uma operação no mercado secundário de obrigações“, afirmou.

Sobre a possibilidade de pensar um unificação da taxa de câmbio ano que vem, indica que não vê isso como possível “Não só pela história específica da Argentina, mas pelo que nos diz a experiência histórica deste tipo de restrições.“. Para o ex-funcionário, há dois problemas, um de natureza mais nominal e outro de natureza financeira.

“O nominal tem a ver com o desafio de pensar que a economia argentina enfrenta para reduzir a inflação. Que em um evento de unificação cambial só haverá complicações e não soluções. O segundo é que para uma unificação cambial a Argentina precisaria estar em um boa posição técnica, quando está numa má posição técnica”, explicou.

O Governo conseguiu com o FMI o adiamento dos pagamentos desta semana

EM Quanto a cumprimento dos pagamentos da dívida ao FMI, Álvarez Agis destacou que a Argentina não tem condições de resolvê-los. Da mesma forma, enfatizou que “não é descumprir porque tenho vontade ou porque há eleições. Este é um evento exógeno à economia argentina, uma seca. Não é culpa do ministro da Economia, da Frente de Todos ou a oposição. Há que recuperar o bom senso nesta discussão”.

Nessa linha, o economista revelou que “O FMI sabe que não vai arrecadar, porque vê as reservas líquidas e percebe que não há dólares necessários para honrar o compromissoNa verdade, ele enfatizou que o que é realmente importante é ver como esse assunto é tratado porque a incerteza não pode ser gerada.

Crescimento, com números ao contrário

Por fim, comentou que as projeções de crescimento do país pioraram com a seca. Ele também explicou que haverá retração na oferta de alimentos, o que vai gerar redução na oferta de dólares. “Essa retração da oferta vai dar um salto no nível geral de preços, sem dúvida”, diz.

“É uma economia que vai cair e que provavelmente tem um pouco mais de inflação do que no ano passado“, declarou. “Não achamos que o governo vai lidar com isso com uma correção brusca do câmbio oficial. Acreditamos que o objetivo será não atrasar o câmbio oficial”, concluiu.

RM/LR

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