Em uma semana marcada pelo anúncio da criação do “dólar agro” e pela simplificação do câmbio especial, o dólar azul voltou a subir na última rodada de março.
A moeda paralela fechou o mês cotada a US$ 395, enquanto os preços financeiros continuaram subindo e atingiram novo recorde nominal. A diferença com a taxa de câmbio no atacado foi de 88,5%.
O dólar marginal fechou março com alta de US$ 20 ou 5%, abaixo da inflação estimada para o mês por consultores privados, entre 6,5% e 7%.
Por seu turno, o Banco Central concluiu a última ronda de março com vendas de 99 milhões de dólares para fazer face às necessidades do mercado cambial, com o qual acumulou, ao longo do último mês, um saldo negativo que ascendeu a 1,918 milhões de dólares.
Assim, e após 20 rondas consecutivas de saldo negativo, março é o mês com maior resultado deste tipo para o Banco Central desde setembro de 2020.
Levando em consideração esses dados, durante o primeiro trimestre de 2023, o saldo líquido de perdas com reservas atingiu 2.960 milhões de dólares.
Por sua vez, o dólar financeiro voltou a subir no fim de semana e fechou o mês com alta de quase US$ 40, o equivalente a 10%, quase o dobro da atualização do dólar oficial, que fechou em US$ 215, o que equivale a uma desvalorização de 6 aumento percentual.
Na Bolsa de Valores de Buenos Aires, o dólar contado com liquidação, operador com o título GD30, avançou para um novo recorde nominal de 406,85 pesos, de modo que a diferença com o dólar oficial ficou em 94,7%.
O dólar MEP ou dólar do mercado de ações continuou sua tendência de alta e valorizou para $ 395,78, acima do dólar azul.
Em março, o dólar com liquidação acumulou alta mensal de US$ 40,44 ou 11,4% e a MPE avançou US$ 39,02 ou 10,9%, ambos acima do percentual de inflação projetado.
O dólar do Catar subiu 86 centavos e fechou a US$ 432,48, enquanto o cartão turista ou cartão melhorou 75 centavos e foi negociado a US$ 378,42.
O dólar poupança ou solidariedade, com a carga tributária fechada em US$ 356,80 e o atacadista regulado pelo BCRA, subiu 43 centavos, para US$ 209,02 na venda. Em março subiu 6,02% e no ano acumulou alta de 17,98%.
Esses preços são dados em um quadro de expectativas no mercado de câmbio devido ao avanço do ministro da Economia, Sergio Massa, de um câmbio especial para exportações agrícolas, que incluiria um “dólar de soja 3” e que estaria em vigor por um certo tempo.
Além disso, buscaria avançar um esquema que unificasse as taxas de câmbio para o turismo e para casos especiais, como pagamentos no exterior para artistas ou eventos especiais (agora chamado de dólar Coldplay).
Por outro lado, aguarda-se a comunicação do FMI relativa ao desembolso de 5.300 milhões de dólares americanos correspondentes à aprovação da quarta revisão do programa em curso.
O risco-país, por sua vez, continuou em queda e encerrou o mês de março em 2.276 pontos-base.
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