Em rodada marcada pelo primeiro dia de vigência da nova taxa de política monetária de 91% estabelecida na quinta-feira pelo Banco Central, o dólar azul se acalmou e fechou abril cotado a US$ 469.
A valorização da moeda paralela foi a maior ocorrida no período de uma semana nos últimos nove meses, enquanto os dólares financeiros operaram de forma desigual, após a forte alta das taxas praticadas pelo Banco Central, o que implica em rendimento para os prazos pré-fixados de 7,5% ao mês.
Com essa medida, a Central busca reter os pesos nas contas bancárias e frear uma saída que pressiona o dólar informal. Enquanto isso, e em busca de dólares para fortalecer as reservas, o ministro da Economia, Sergio Massa, abriu um novo empréstimo com a CAF no Uruguai no valor de US$ 690 milhões, que será desembolsado nos próximos 60 dias.
Depois de atingir US$ 500 nos primeiros dias da semana, a moeda paralela subiu dois pesos em relação ao dia anterior. Assim, o azul fechou ontem negociado a US$ 469 no ponto de venda e a US$ 464 no ponto de compra.
Assim, e depois de perder $ 21 na quarta-feira e outros $ 7 na quinta-feira, o azul fechou ligeiramente em alta. Entre segunda e terça-feira, havia atingido um salto de US$ 53, o que o levou a marcar o recorde nominal intradiário de US$ 497.
O dólar oficial, por sua vez, cotava US$ 229 para venda no Banco Nación. Com isso, a diferença com a taxa de câmbio oficial ficou em 105% em relação ao dólar de varejo e 111% em relação ao dólar de atacado.
O Caixa com Liquidação fechou na sexta-feira a US$ 446,11 para venda, enquanto o MEP ou ação dólar operava a US$ 435,99 para compra e US$ 437,62 para venda.
Enquanto isso, o dólar turista fechou abril cotado a US$ 459,04 e o Catar, que aplica para consumo no exterior com cartões de débito e crédito de mais de US$ 300 mensais, fechou o mês cotado a US$ 459,04.
Esta nova taxa de câmbio inclui um imposto COUNTRY de 30%. Por sua vez, o Banco Central encerrou o mês com saldo líquido positivo de US$ 33 milhões, após vender ontem US$ 67 milhões.
Quanto à bolsa argentina, embora a bolsa de Buenos Aires tenha registrado uma leve alta, ela operou em tendência de queda tanto ontem quanto na quinta-feira, quando terminou a série de altas consecutivas. A mesma coisa aconteceu com os títulos em dólares.
As quedas, de até 2,58%, foram lideradas principalmente pelo Grupo Financiero Galicia; Central Puerto (-2,45%) e BBVA (-2,41%). Assim, o índice líder S&P Merval perdeu 1,51%. As ações de empresas argentinas listadas em Wall Street também apresentaram tendência de queda e caíram entre 1,03% e 2,23%.
Com relação aos títulos em dólares, os números também ficaram no vermelho, com quedas de até 4,7%, com destaque para Global 2038; enquanto o AL31 perde 4,1% e o Global 2035 2,7%. O único que tem alta é o Global 2046, com alta de 5,6%. O risco-país fechou em 2.657 pontos.
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