A tensão no braço político teve um correlato nas declarações. Horacio Rodríguez Larreta respondeu ontem a Patricia Bullrich, que falou que “não há espaço para respostas mornas”. Nesse quadro, o cacique respondeu: “O crack é uma farsa, porque quem promove sabe que com o crack a gente vai falir. Ninguém pode negar a história. Lutamos uns contra os outros por 80 anos. Os primeiros 40, aos tiros; os últimos, onde cada um que chegava recomeçava (…) Não dá. É por isso que insisto em que tentemos algo diferente. Se continuarmos nesse caminho, o resultado será o mesmo”.
Nesse contexto, o presidente de Buenos Aires, no canal CO+, expressou: “Primeiro, acho que a firmeza que vale não é ver quem grita mais alto em uma tribuna, mas sim resolver os problemas das pessoas. O que vale é quando me levanto para que as escolas não fechem, ou luto contra as máfias e a insegurança na Capital. Essa é a firmeza que vale. O resto é gritar da arquibancada e isso não muda a vida de ninguém. Quem joga é quem está em campo. Portanto, não entre nessas discussões. Eu governo com o kirchnerismo e o governo nacional na frente. Mas é claro que falo com Patrícia Bullrich”.
Por outro lado, disse que não tem pressa em anunciar quem pode ser seu vice e garantiu: “Ele pode ser radical. Acredito na pluralidade e na amplitude, mas hoje seria prematuro [comunicarlo]”. E quando questionado sobre a possibilidade de seu vice ser Bullrich ou Morales, ele expressou: “Sem nenhuma das principais referências de JxC seria um díspar [pensar en compartir fórmula]”. Questionado se se sentaria à mesa para conversar com Cristina Kirchner, o presidente de Buenos Aires avaliou: “Não. Não vejo possibilidade de concordar com Cristina Kirchner. Cristina Kirchner acredita que os únicos amigos que devemos ter são a Venezuela e Cuba. Faz parte do governo que fechou as escolas, libertou os presos e é quem quer mandar militantes de La Cámpora aos supermercados para baixar a inflação. Eu nunca concordo. Uma coisa é falar e outra é concordar.
Por sua vez, o radical Facundo Manes, do Clarín, disse que “falar de candidaturas agora é desrespeitar a sociedade, é aumentar o divórcio entre as pessoas e a política. A Argentina é o país com mais candidatos presidenciais per capita. E a sociedade está em outro canal, não pede projetos pessoais. Está a passar um mau bocado, é pobre e sente que não há aposta a longo prazo.
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