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Neste domingo, a França realizará o primeiro turno das eleições legislativas antecipadas, convocadas inesperadamente pelo presidente Emmanuel Macron, mergulhando o país em um período de incerteza sobre seu futuro político. Essas eleições determinarão a composição dos 577 assentos na Assembleia Nacional, a câmara baixa do Parlamento, e definirão o rumo do segundo mandato de Macron.
Se a oposição a Macron formar uma maioria, ele será obrigado a nomear um primeiro-ministro de um partido adversário, o que poderia transformar rapidamente a política interna e complicar a política externa da França. Sem uma maioria clara, o país poderá enfrentar meses de instabilidade ou paralisia política. Macron descartou a possibilidade de renúncia e não pode convocar novas eleições legislativas por pelo menos um ano.
O partido nacionalista e anti-imigrante Rassemblement National (RN) é amplamente esperado para liderar a corrida, enquanto uma coalizão de partidos de esquerda pode garantir a segunda posição. O partido centrista Renaissance de Macron e seus aliados provavelmente perderão muitos assentos.
As urnas fecham às 18h, horário local, ou às 20h nas grandes cidades, e as projeções baseadas em resultados preliminares estão previstas logo após as 20h. Os resultados oficiais serão divulgados pelo Ministério do Interior ao longo da noite.
Sistema de dois turnos e participação ativa
A votação ocorre em dois turnos nos 577 distritos eleitorais da França, incluindo departamentos e territórios ultramarinos, além de cidadãos franceses no exterior. No primeiro turno, qualquer número de candidatos poderá concorrer, mas deverá atingir certos limites para avançar para o segundo turno, o que será realizado em 7 de julho.
Normalmente, os dois candidatos mais votados avançam para o segundo turno, onde o vencedor é decidido. No entanto, um candidato pode vencer no primeiro turno se obtiver mais de 50% dos votos, desde que esses votos representem pelo menos um quarto dos eleitores registrados no distrito. O segundo turno pode incluir até quatro candidatos se conseguirem pelo menos 12,5% dos votos dos acionistas registrados.
A participação dos partidos é esperada para ser alta, com taxas superiores a 60% no primeiro turno, comparadas a 47,5% em 2022. No meio-dia de domingo, a participação era de cerca de 26%, superior aos 18,43% registrados no meio-dia em 2022. As eleições legislativas geralmente favorecem o partido do presidente recém-eleito, mas desta vez os riscos são maiores.
Dinâmica política e possíveis resultados
Cada partido busca obter uma maioria funcional. Se nenhum partido conseguir, a França poderá enfrentar meses de turbulência política. A oposição controlando a Assembleia Nacional forçará Macron a nomear um primeiro-ministro de um partido diferente, que então controlaria a política interna, enquanto o presidente manteria o controle sobre a política externa e a defesa.
O Rassemblement National lidera as pesquisas com cerca de 36% de apoio, enquanto a coalizão de esquerda, incluindo socialistas, verdes, comunistas e o France Insoumise, segue com 29%. Eles esperam reverter políticas de Macron, como o aumento da idade de aposentadoria e cortes de impostos corporativos, e aumentar os gastos sociais e o salário mínimo.
O partido de Macron enfrenta uma batalha difícil, com pesquisas indicando cerca de 20% de apoio e previsões de perda de muitos dos 250 assentos atuais. Derrotas entre seus aliados, incluindo ministros e o primeiro-ministro, seriam um golpe significativo.
Interpretação dos resultados do primeiro turno
Os resultados do primeiro turno podem não prever perfeitamente os resultados finais. Em 2022, a coalizão de Macron e a esquerda estavam empatadas no primeiro turno, mas a coalizão de Macron ganhou mais assentos no segundo turno.
Analisar as tendências nacionais de votação pode indicar a popularidade de cada partido e suas chances no segundo turno. No entanto, as eleições legislativas francesas funcionam como 577 eleições separadas, e a maioria dos assentos é decidida após o segundo turno.
Entre os dois turnos, muita coisa pode mudar. Eleitores cujos candidatos não avançaram podem apoiar outros ou abster-se. Os partidos podem emitir recomendações estratégicas e os candidatos podem desistir de votar.
Uma nova semana de campanha pode trazer mudanças significativas, com potencial para erros ou reviravoltas que alterem o curso da eleição.
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