Os piqueteros mais duros, agrupados sob o guarda-chuva da Unidade Piquetera, planejaram uma série de bloqueios de estradas e ruas em todo o país para a próxima terça-feira. Sem paciência, e contra as suspensões do programa Empowering Work do Ministério do Desenvolvimento Social, ele acredita que a única saída é redobrar as medidas de protesto para ser ouvido.
O evento de terça-feira consistirá em uma série de ações em 130 pontos do país, caracterizadas por cortes em acessos, pontes e rotas nacionais e provinciais, com uma presença massiva de adeptos das quatro principais organizações que coexistem na UP, Libres del Sur, o Polo Obrero, o MST Teresa Vive e a Coordenadora de Mudança Social. E acontecerá no dia seguinte às interrupções efetivas da assistência social, que afetarão quase 160 mil pessoas, segundo as entidades.
Para Silvia Saravia, coordenadora territorial nacional de Libres el Sur, o governo encerrou um corte de forma “indiscriminada” e sem dados concretos, apesar da validação de informações implementadas pela pasta de Victoria Tolosa Paz. A representante, em seu diálogo com o PROFILE, diz que não se sabe se “as pessoas que não atualizaram os dados têm dificuldades para fazê-lo”.
“É uma decisão de alto impacto, por isso vamos entrar com uma ação contra o Ministério do Desenvolvimento Social da Nação. Solicitamos uma reunião com o ministro, mas ainda não recebemos nenhuma confirmação, por isso planejamos da Unidade Piquetera a realização de uma ação”, comenta o dirigente sobre os próximos passos da coligação de grupos sociais.
Entre as críticas ao funcionário, ele comenta que “primeiro ele sanciona e depois revê as consequências de seus atos. Não leva em conta que quando a situação de vida é tão incerta, onde na maioria das vezes esse rendimento depende de ter ou não um prato de comida. Ela veio trazer essas formas de fazer política pública: primeiro suspender para depois rever.
Fontes da UP denunciam ainda que registaram despedimentos de beneficiários do plano apesar de terem participado na fiscalização oficial e que há descumprimentos por parte do Governo na entrega de ferramentas e insumos para as empresas produtivas lideradas pelas entidades. Do lado do governante, a versão que dão é outra: indicam que no passado dia 15 de janeiro, quando terminou o procedimento de validação dos dados dos titulares de planos, resultou na validação positiva de 88,7% do último registo liquidado.
Diante dessa situação, o Ministério do Desenvolvimento Social abriu prazo para recebimento de solicitações de pessoas que, por serem titulares do programa, não conseguiram realizar a validação na data prevista. Um procedimento “simples”, como enfatizado, que é realizado por meio da plataforma Mi Argentina, com a carteira social prestando atendimento em todo o território nacional.
“As pessoas que fizerem a solicitação e forem verificadas como titulares do programa voltarão a receber todo o valor correspondente no mês de março. Aqueles que nos sessenta dias após o término da validação não apresentarem reclamação serão desligados do programa”, especificaram da pasta, que lança um questionamento em torno da discussão: “Como pode ser que as unidades gestoras (administradas pelas organizações) não tem conseguido encontrar as pessoas cujo trabalho foi certificado todos os meses para que possam cobrar o valor correspondente ao programa?
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