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Comentário da rainha sobre independência da Escócia não viola imparcialidade constitucional

A rainha Elizabeth 2ª fez seu primeiro comentário público sobre o plebiscito sobre a independência da Escócia, que será realizado na próxima quinta-feira. Ela disse esperar que as pessoas pensem cuidadosamente sobre o futuro antes de colocar seus votos nas urnas.

No último fim de semana antes da votação que determinará se o país continuará ou não fazendo parte da Grã-Bretanha, milhares de pessoas foram às ruas para se manifestar.

O movimento pró-independência anunciou a passeata como “o maior dia de campanha nacional” já visto no país.

Já os representantes do movimento que defende a permanência na Grã-Bretanha afirmaram que organizariam “mil eventos em toda a Escócia”.

As pesquisas de opinião têm retratado uma disputa acirrada entre os dois grupos. A cada novo levantamento, um deles toma a dianteira. O mais recente foi publicado no sábado pela campanha pró-união afirmando que 53,5% da população seria contrária à separação, enquanto 46,5% a apoiam.

A pesquisa, feita por telefone pela empresa Survation, consultou 1.044 pessoas, das quais 927 foram consideradas válidas entre 10 e 12 de setembro.

Menos de uma semana antes, quando outra pesquisa apontou um percentual de 51% a favor da independência, a libra esterlina teve uma desvalorização de 1,3% frente ao dólar.

A declaração da rainha sobre o plebiscito ocorreu quando ela falava com uma pessoa do público perto da igreja na vila de Crathie, na Escócia.

Correspondentes afirmaram que membros da campanha do NÃO para a independência aprovaram a declaração da rainha. Porém autoridades afirmaram que as palavras de Elizabeth 2ª não violaram sua imparcialidade inconstitucional.

Argumentos

Entre os cinco milhões de escoceses, os que argumentam pela independência dizem que a economia, as políticas sociais e a criatividade escocesas floresceriam se o país tivesse mais autonomia.

Para o campo oposto, a Escócia está mais segura fazendo parte do Reino Unido. Muitos se contentariam com mais autonomia financeira e legal para o Parlamento escocês – o Legislativo com maior grau de “poderes devolvidos” por Westminster à população local de Escócia, Irlanda do Norte e País de Gales.