O orador da Casa Rosada, Gabriela Cerrutti, Ele afirmou que não concorda com aqueles que afirmam que “as pessoas estão passando mal”. “É colocar uma crise permanente que não existe”, enfatizou. Ele também sustentou que a inflação anual não ultrapassará 60% e que “a grande maioria dos trabalhadores com carteira assinada conseguirá vencer a inflação”.

“‘As pessoas estão passando mal’ não é uma afirmação com a qual eu concordo”, avaliou Cerruti em diálogo com Rádio Futuröck. “Existem alguns setores que têm algumas dificuldades, que estamos trabalhando todos os dias para melhorar; setores que têm diferentes dificuldades porque não têm trabalho, que começa a ser um setor minoritário na Argentina porque temos uma taxa histórica de desemprego; setores que tendo trabalho, não se sustentam; setores que têm trabalho e renda, mas têm outras buscas e vocações, e não conseguem resolver isso. Agora, há um grande número de ‘pessoas’ que estão levando a vida cotidiana muito bem; que pode estudar, trabalhar, viajar”.

A porta-voz observou que 35 milhões de pessoas saíram de férias. “Não estamos falando de lotar Ezeiza e que vão para Miami, por isso vemos que há desenvolvimento e na realidade são um milhão de pessoas. Dois terços deles podem ir para algum lado”, frisou, acrescentando que no país também há consumo, concertos, restaurantes, música e emprego para os jovens.

“Há dificuldades claro, há alguns setores com dificuldades, claro, o problema da inflação afeta toda a economiamas não parte da frase ‘as pessoas estão a passar mal’ porque passa a ideia de uma crise permanente que não existe”, sustentou.

salários e inflação

Outro dos eixos da conversa de rádio passou por renda e inflação para o que Cerruti apontou que quase 80% dos trabalhadores ganhavam mais de US$ 100.000. “Isso não é menos que uma base, que é composta por uma família de dois salários. Não vamos dizer coisas que não são verdadeiras. Para isso temos que ter mais da metade dos formais ganhando menos de R$ 80 mil”, questionou.

A grande maioria dos cadastrados consegue vencer a inflação porque tiveram excelentes paridades. A média dos acordos de paridade de março a março terá acabado superando a inflação”, acrescentou.

Em relação à inflação deste ano, o governante ratificou a meta de 60% que o Governo fixou no Orçamento. “Existe uma forma de parar a inflação de um dia para o outro, que é parar a economia. E não vamos fazer isso porque significa conter o consumo e a produção. A longo prazo, significa mais desemprego e desigualdade, e o que custa voltar a partir daí”, explicou.

A Frente Interna de Todos

Na mesma conversa, Gabriela Cerruti referiu-se às futuras eleições e aos candidatos da Frente de Todos: “Quem quiser pode ir ao PASO. Parece-me que se você faz parte de um governo, não pode discordar tanto do que o presidente faz porque senão você teria saído.. Quando levantam a dificuldade de uma ETAPA contra o Presidente… Ora, como é que se fala mal do seu governo ou do seu presidente? Porque você faz parte do governo e da equipe liderada pelo presidente.”

Sobre a possibilidade de influenciar a vice-presidente a concorrer ou não, esclareceu: “Todo mundo que fala em convencê-la ou dizer a Cristina o que ela tem que fazer, não conhece a personalidade de Cristina”.

“’O presidente não pode ser.’ Quem disse que ele não pode ser? Claro que pode ser. Essa decisão não foi tomada e vai ser tomada coletivamente pensando no melhor para o todo”, disse Cerruti, que adiantou que os restantes partidos que compõem a Frente de Todos vão participar na próxima mesa que reúne o partido no poder.

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