Nos últimos anos, o WhatsApp (WPP) foi localizado como o vermelho social preferido pelos argentinos, com cerca de 95% de todos os internautas interagindo nessa plataforma de mensagens, segundo dados da consultoria Statista. Se somarmos que a Argentina tem 39 milhões de usuários da rede de redes e que 78% têm um telefone inteligentecomeça a ficar evidente porque o WPP se tornou, nos últimos tempos, um “a” ferramenta escolhida para concretizar enganos digitais.

“No último trimestre, o golpe que mais registramos são as variações de mensagens que chegam pelo WPP dizendo algo como “Uau! me enganei! Eu transferi dinheiro para você com um zero extra. Você pode me devolver?” ele disse PERFIL Gabriel Zurdo, CEO da empresa BTR Consulting, especializada em segurança cibernética. E explica: “Geralmente visa pessoas que colocam objetos à venda em um mercado online. Um alvo típico é alguém que está vendendo uma bicicleta usada por $ 5.000 e recebe um comprovante de transferência de $ 50.000 da WPP. E, quase imediatamente, outra mensagem solicitando a devolução de $ 45.000, explicando que foi um “erro de digitação”. Muitas pessoas são atenciosas e fazem isso, sem perceber que o recibo recebido pelo WPP é falso”.

Para outros especialistas em segurança, esse formato de scam cresce e se sofistica ao combinar dois elementos: “o uso de técnicas de engenharia social e o uso de informações pessoais disponíveis em fóruns clandestinos, ou – ainda – divulgados por nós nas redes sociais”, explicou. para PERFIL Marcela Pallero, professora de pós-graduação nesta disciplina. Segundo o também diretor de Segurança da Fundação Sadosky “usando dados públicos, os golpistas podem armar uma farsa com alguma credibilidade, usando desculpas como um turno de vacinação ou um prêmio. E assim obter os códigos para se passar por incautos, instalar uma cópia do seu WPP em outro dispositivo e passar a pedir dinheiro aos seus contatos.

Empatia

Embora muitas vezes se diga “hackearam nosso celular”, geralmente não é isso que acontece. “Desde a pandemia, o número de pessoas que usam mensagens aumentou exponencialmente. E também o uso dessas ferramentas para enganar” chegou a PERFIL Paloma Szerman, gerente de políticas públicas do WhatsApp na América Latina. “Mas – acrescentou – na maioria das vezes tem a ver com perder acesso e controle do aplicativo mais do que com um hack técnico.” A diferença não é pequena, porque a primeira pode ser evita –em parte– alterando algumas configurações de segurança no dispositivo e no aplicativo” (consulte Caixa).

Outra forma de prevenir é evitar decisões precipitadas. Zurdo registrou o ditado popular: “Se uma oferta no marketplace ou no feed do Instagram for boa demais, tem que desconfiança. E se alguém nos pede dinheiro com urgência, por que não tentar uma ligação ou videochamada primeiro para ver o rosto do amigo ou parente em apuros? Mesmo através da mesma mensagem, você pode fazer uma simples pergunta de “verificação”, como pedir que nos conte uma anedota ou informações pessoais que não estejam nas redes.

Zurdo destaca outra informação: “Também estão crescendo as enganações por meio de links com programas maliciosos realizados pelo celular: em 65% dos casos, o malware que facilita o golpe “penetra” em nossos sistemas através de Smartphones”.

É possível melhorar a segurança geral do Smartphone habilitando o PIN ou a senha.

É possível fazer algo se já enviamos o dinheiro solicitado? “Às vezes sim”, responde Zurdo. “Você tem que tentar cancele a transferência o mais rápido possível. Às vezes, isso pode ser feito ligando para o banco para relatar a transação suspeita ou ignorar a cobrança.” Os especialistas também recomendam evitar o uso de mercados menos conhecidos que podem ter mais falhas de segurança ou menos verificações de identidade de seus usuários.

O mesmo vale para algumas carteiras digitais. Segundo dados do Banco Central (BCRA), no 2º trimestre de 2020 foram abertas 4,8 milhões de novas contas de depósito. muitos daqueles novos usuários são especialmente vulneráveis uma fraude. Por outro lado, também apareceram empresas de todo o mundo”tecnologia financeira” oferecendo carteiras digitais na forma de aplicativos. Pallero lembrou que “desde 2012, o BCRA regula as entidades bancárias e seus fornecedores, audita e exige requisitos de segurança para as aplicações de transações. Mas muitos não atendem aos padrões. O ideal, segundo o especialista, é optar por aqueles que possuem algum tipo de certificação de qualidade emitida por entidades confiáveis.

Ou seja, melhorar a segurança digital abrange vários planos: alteração das configurações do dispositivo; escolha plataformas e, acima de tudo, pense duas vezes antes de agir sobre uma oferta ou solicitação.

Quatro dicas de segurança

Uma das formas de prevenir esses golpes é habilitar nas configurações autenticação em duas etapas. (Assistir infográfico). Isso dá ao nosso WPP uma espécie de “bloqueio” digital, um PIN secreto de seis números, que –se você não o tiver– impede sua instalação no dispositivo do infrator. Segundo Paloma Szerman, gerente do WhatsApp, “configurando esse PIN, ninguém poderá realizar a falsa instalação, mesmo que receba o código de verificação por SMS, Também não deve ser compartilhado com ninguém.”.

Outra recomendação é lembrar que após um tentativa de golpe de uma conta falsa é possível bloqueie ou denuncie no mesmo aplicativo WPP. Também é possível fazer com que nossa foto de perfil seja vista apenas por nossos contatos, o que reduz a possibilidade de que eles a utilizem para se passar pela identidade.

Segundo Pallero é possível melhorar a segurança geral do Smartphone ativando o PIN ou senha. E desativando as notificações “push” que são exibidas mesmo na tela bloqueada. Além disso, verifique quaisquer pedidos de dinheiro urgentes. “Podemos sempre ligar para a pessoa que está nos pedindo ajuda através de outro celular ou fixo.”

Vulnerabilidades para todos

◆ Segundo dados da empresa de cibersegurança Esetem 2022, foi obtido um registro histórico de vulnerabilidades relatadas em diferentes softwares.

◆ O pico marcou 25.226 vulnerabilidades em diferentes produtos e fabricantes, um aumento de 26,5%.

◆ Vários navegadores da Web aparecem entre os 10 aplicativos com mais bugs. O primeiro da lista é o Chrome, seguido pelo Firefox.

◆ O sistema operacional com maior número de falhas de segurança relatadas é o Linux (Debian), seguido pelo Android.

◆ Entre as cinco vulnerabilidades mais utilizadas pelos cibercriminosos em 2022 na América Latina, há duas descobertas há dez anos. Isso mostra a importância de atualizar os sistemas.

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