Nos últimos dias, a escalada do azul começou a mover o vespeiro, segundo diferentes economistas, devido a vários fatores. De um lado, a questão sazonal devido ao período de férias. O dólar azul impacta os preços, mas não diretamente, apontam outros. Todos concordam com o excesso de emissão, de uma forma ou de outra o impacto faz os preços subirem.

A conta verde chegou a 350 pesos. Do Ministério da Economia afirmaram que, após os feriados e o movimento comercial que eles acarretam, o mercado de câmbio se acalmaria em janeiro, voltando a um preço de 340 pesos.

A moeda informal havia batido recorde na última terça-feira, de US$ 379, mas após o anúncio do Ministério da Economia de resgatar mais de US$ 1 bilhão, acumula queda de US$ 5. Agora, a diferença entre o azul e o dólar atacadista oficial chega a 104,2%.

Todas as taxas de câmbio subiram na sexta-feira no final da semana devido a dúvidas sobre os anúncios de recompra de dívidas que o ministro da Economia, Sergio Massa, certamente investigará.

A esse respeito, os economistas Enrique Szewach e Miguel Kiguel criticaram a recompra de títulos da dívida pública anunciada pelo Governo por entenderem que não surtiria o efeito desejado, ao mesmo tempo em que questionavam o momento escolhido quando há alta da o preço dos títulos e consideraram que o objetivo real é frear a alta do dólar.

A PROFILE consultou diversos economistas sobre o que acontecerá com o mercado de câmbio nos próximos meses.

Fabián Amico, da Unmat, destacou que “no caso do dólar azul há uma questão sazonal, o fato do período de férias que limitou muito a oferta no mercado informal, há um problema de abastecimento que empurrou o azul para cima. Dependendo de como estiver o dólar nos próximos três meses, isso vai impactar na inflação.”

Para Aldo Abram, diretor executivo da Fundação Libertad y Progreso, “os dólares paralelos geram vários efeitos, um é um excesso de emissão que se reflete nos preços de bens e serviços. O dólar paralelo não determina o preço, é a queda do valor do poder de compra dessa moeda, mas primeiro impacta o dólar e depois os preços, a alta”.

Finalmente, Lorenzo Sigaut Gravina, da Equilibria, suspeita que “a questão do gap, dólar alternativo, se sabemos que à medida que aumentam as restrições às importações, mais optamos pelo azul, embora vejamos o impacto limitado nos preços, não vemos um grande impacto sobre preços.

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